Ser mãe...

Ser mãe é, sem qualquer sombra de dúvidas, o que me dá mais prazer. Amo ser mãe. Amo ser mãe do meu Gonçalo. Embora nem sempre seja fácil, é o papel que mais me desafia. E o que me faz sentir completa.

Quando nasceu não foi amor à primeira vista. Mas, foi um amor que foi crescendo. Um amor avassalador. Um amor que não trocaria por nada deste mundo.

Educar uma criança é um desafio. Educar um filho sozinha eleva este desafio. Eleva-o na medida em que há um único sentido nas tomadas de decisões. O meu. E, há dias, em que isso é muito assustador.

Como tenho vindo a aprender na vida, os desafios são para ser tomados com as duas mãos bem firmes e encarados de frente. A maternidade é um deles.

A maternidade trouxe inúmeras aprendizagens. Conheço-as sob duas perspectivas. Com o pai da criança. E sem ele.

Seria expectável que com as correrias do dia a dia, o trabalho, a casa, as neuras que nos apoquentam... educar um filho sozinha fosse algo mais complicado, cansativo. Há dias que sim. Poucos felizmente. Aliás cada vez menos.

Procuro encarar essa "nova maternidade" com calma, diálogo e compreensão. Porque acredito numa relação mãe-filho sem gritos. Numa relação baseada na cumplicidade. Temos regras e rotinas em casa que têm de ser cumpridas. Mas, também temos a leveza de as quebrar quando sentimos que é isso que nos faz bem.

Ouço muitas vezes, que o Gonçalo só quer a mãe. Só "vê" a mãe. Dito desta forma até parece ser algo de mau. Apesar de sentir alguma mágoa por perceber que há ali qualquer coisa de condenável, aceito que pensem assim, porque essas vozes não sabem, nem entendem o que se vive na minha casa. Talvez não tenham a capacidade de perceber mais além do que aquilo que mostramos.

Talvez essas mesmas vozes não percebam a cumplicidade que vamos criando, todos os dias. A relação de companheirismo entre mãe e filho. As noites mal dormidas em que o único colo é o da mãe. As birras que culminam num abraço apertado à mãe. Os banhos demorados dados pela mãe. Os jantares... com a mãe. Porque, efetivamente, em casa, só nos temos um ao outro.

É natural que a mãe passe a ser vista como o seu único porto de abrigo. Sei que com o tempo os comportamentos alteram-se. A mãe já não será tão precisa. Faz parte. Enquanto isso não acontece, aproveito essa cumplicidade deliciosa que se vai construindo. Vou saborear os beijos, os abraços, os xis apertadinhos, os "amo-te", os "gosty"... Vou sorvendo cada bocadinho desse menino da sua mãe, fazendo ouvidos moucos a tudo o que possa abalar este estado de plenitude que a maternidade me dá.

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