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14 anos de blog 💛

 Há 14 anos, escrevia o meu primeiro texto. Ainda a medo. Cheia de dúvidas, mas com imensa vontade de escrever o que me ia na alma. A escrita faz-me bem. Alimenta-me. Permite-me perpetuar os meus pensamentos para, quando me apetecer (ou precisar) voltar a eles. No dia 22 de setembro de 2008 , criei este espaço, inicialmente como sendo "My Sweet Dream" e, posteriormente, como sendo " A Vida a Três ". Pensei em mudar o nome, porque sentia que o nome me pesava muito. Carregava a dor, a ausência, a perda... mas a vida encarregou-se de me mostrar que os eventos têm o significado que lhes damos, e "a vida a três", mesmo que em planos diferentes, não tem de ser, necessariamente algo envolto de tristeza e de dor. Tentei, por isso, ressignificar este evento da minha vida e dar-lhe o amor que sempre nos caracterizou. O blogue, infelizmente, perdeu a visibilidade, devido à presença das redes sociais.  Apesar disso, sinto necessidade de cá aparecer e ir publicando os

O poder das palavras

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  Ao longo da vida, temos muito a tendência a ter um discurso negativo. Temos marcada na pele a melancolia... Esse fado tão português. É o "vai-se andando", "tem de ser", "é a vida"... Quem nunca? Temos muito essa herança genética de falar com tom de lamento, como se não fosse possível dizer "está tudo bem!" sem que haja um "mas" como vírgula. Nem sempre (ou quase sempre) está tudo bem. Há sempre algo que nos consome, mas podemos sempre optar por acreditar que, apesar disso tudo, está tudo bem. Tentar ver as pequenas boas coisas da vida. Agradecer por isso. E, sobretudo, ter cuidado com as palavras que utilizamos. Ainda ontem estava a adotar um discurso mais conformista, quando uma amiga❤️, chamou-me à atenção (abençoada amizade, que surgiu numa altura má da minha vida, mas que ficou para a tornar mais bela) para a forma como estava a falar/escrever. E, esse episódio fez-me ter consciência que, demasiadas vezes, uso esse discurso. Sem m

A maternidade

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  Após ter lido o post da Lisa Joanes sobre a maternidade e, de ter sentido cada palavra que ela escreveu, percebi que, muitas vezes (diria até demasiadas vezes) escondemo-nos atrás do comportamento dos nossos filhos para adiar o que gostaríamos de fazer. É tal o cansaço físico e psicológico que tudo se resume aos miúdos. Não sei o que é ter mais do que um filho, e talvez nunca o venha a saber, mas sei o que é educar um filho sozinha. E, claramente, não é fácil. Quando fiquei sozinha com o Gonçalo, ele tinha pouco mais do que dois anos. Foram meses muito difíceis porque eu não estava bem emocionalmente e isso, inevitavelmente, era transmitido para o menino. Tivemos noites horríveis e dias difíceis de gerir. Cada um com a sua dor, e eu tinha dias que sentia que não seria capaz de dar conta do recado. Hoje, e apesar de todos os desafios que ainda temos (e acreditem que continuam a ser alguns), tenho outra capacidade de lidar com a maternidade a solo. Há mais companheirismo, mais paciênci

Ansiedade

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A minha ansiedade tornou-se mais evidente e mais limitadora, após o falecimento do meu marido. Após a sua partida, não conseguia identificar o que estava a sentir… achava tudo isso “normal” depois de tudo o que tinha vivido, e estava a viver… e deixei andar... Até que, tive o meu primeiro ataque de pânico ! Estava à espera que o meu filho saísse da escola e… do nada… senti uma aflição desmesurada, como se fosse ter um ataque cardíaco. Foi aflitivo. A partir desse momento, passei a ter medo de voltar a sentir o que tinha sentido e isso transformou-se numa bola de neve. A ajuda psicológica mais assertiva e eficaz para mim surgiu há cerca de um ano, quando senti que “bati bem lá no fundo”. Orgulho-me muito do meu percurso, que tem os seus altos e baixos, mas que vai mantendo uma certa consistência. Já tenho outro conhecimento da minha forma de reagir aos acontecimentos e outra capacidade de perceber quando estou mais ansiosa, bem como, o que fazer quando estou assim. Nem sempre é fácil, a

A Vida tem um Plano Perfeito para TI ✨

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  E se existir mesmo um plano definido para cada um de nós? E se tudo o que vivenciamos tiver sido colocado propositadamente no nosso caminho? Muitas vezes, penso nisso. Ainda ontem, na minha meditação, questionei-me sobre o motivo para os acontecimentos da minha vida.  Fiz uma viagem ao longo da minha vida, e bolas, foram muitos momentos bons, cheios de vida, de amor, de riso… mas também, seguiram-se momentos tristes, de despedida, de dor, de saudade…  Acredito que tem de haver um motivo para tudo o que nos acontece. Não pode ser assim aleatório. Tem de haver algo superior a isso.  Quero muito acreditar nisso. Acreditar que há um “plano perfeito” para mim no meio do “meu” caos. E agarro-me a isso. Uns dias mais do que outros, mas tento não perder essa luz... Os acontecimentos da minha vida, as pessoas, os amores, as amizades…. nada é por acaso.  Todos trazem um ensinamento.  Nem sempre tenho a clareza emocional para decifrar o que retirar de cada um, mas com paciência lá vou entendend

AQUELA Saudade

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 Há dias, acordei de mãos dadas com AQUELA saudade.   Não me refiro à saudade que tenho como segunda pele. A que me acompanha todos os dias. A que aprendi a aceitar e a tratar com carinho.   Refiro AQUELA saudade que dói. Aquela que é visceral, que custa a respirar.   Esta acordou comigo e acompanhou-me pela manhã fora. Era gritante a saudade que sentia naquele momento. O toque. O abraço. O sorriso. O beijo. A presença. O companheirismo.   Com já me conheço o suficiente. Aceitei aquele sentimento. Respeitei-me e vivi aquela emoção, sem me deixar afundar nela.   Tenho aprendido, ao longo desses anos, que quanto mais luto contra o que sinto, pior fico. Por isso, aceitei. Ok, estou com imensas saudades do Jorge. E está tudo bem. Faz parte. Terei outros momentos igualmente intenso pela vida fora.   Percebi que, provavelmente, o gatilho terá sido a música dos Muse, que ouvi e que me levou a recordar momentos fabulosos do nosso primeiro concerto juntos, no Rock in Rio

(re)começo ♡

Há alguns dias que tenho sentido uma vontade de escrever. De deixar os meus dedos deslizar pelas teclas do meu computador, de forma mais plena do que a que já faço pelo Instagram . Corro o risco de ser lida por poucos. Infelizmente, com o avanço da vida moderna, poucas pessoas têm "paciência" para ler textos longos. Poucos são os que "perdem tempo" a ler mais do que cinco linhas. Correndo o risco, voltei. Por mim. Porque apetece-me. E, quiçá, para aqueles que ainda conseguem entender o valor das palavras e lhes sabem dar sentido. Espero ser consistente na escrita. Até porque me faz um bem tremendo. Mas, se não o for, está tudo bem também. Prometi a mim mesma regressar sem pressões, sem exigências e sem expectativas. Só porque sim.  Espero ter-vos desse lado. Se assim vos fizer sentido! Um beijo no ♡